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Apoio ao general Mourão

Apoio crescente ao general Mourão aumenta tensão nos quarteis.

Ainda é muito cedo para se falar em crise, mas é inegável o aumento da tensão nos quartéis após a onda de solidariedade recebida pelo general Antônio Mourão.
A situação esquentou de um modo inesperado nas últimas horas. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, chegou a divulgar uma nota que reforça o óbvio em um país democrático: “Reitera o ministro da Defesa que as Forças Armadas estão plenamente subordinadas aos princípios constitucionais e democráticos e ao respeito aos Poderes constituídos. E que há um clima de absoluta tranquilidade e observância aos princípios de disciplina e hierarquia constitutivos das Forças Armadas, que são um ativo democrático do nosso País.”
O certo é que nem Jungmann nem o próprio comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, esperavam tamanho endosso às palavras de Mourão na sexta-feira passada.
Como a coluna informou desde, ontem, Villas Bôas está pisando em ovos para não fazer de Mourão um baluarte dos que querem a caserna revoltosa. Daí, a cautela para anunciar uma punição. Para complicar mais as coisas, Villas Bôas está com sérios problemas de saúde.
O general Mourão, de modo pensado ou não, destravou o que vinha sendo dito de maneira reservada, entre seus colegas da ativa e da  reserva.
As redes sociais estão em polvorosa. Vejam abaixo mais dois comentários amplamente compartilhados pelos militares da reserva:      
Coronel Sérgio Paulo Muniz Costa, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
"A balbúrdia política que tomou conta do Brasil é tão grande que prejudica até a compreensão de fatos evidentes que dizem respeito a todos nós.  Parece que há no País um default de bom senso e conhecimento.
Quando um ex-presidente prega, em seu exclusivo benefício, uma eleição que não está prevista em lugar algum da Constituição, simplesmente para confrontar a Lei que ele violou, a ideia toma foros de legitimidade e os golpistas por natureza comemoram.
Quando se levantam os protestos contra um presidente no exercício do mandato que tenta levar generais ao Planalto para lhe emprestarem solidariedade contra um outro poder constituído, as vivandeiras profissionais fazem cara de paisagem.
Mas quando um general de quatro estrelas afirma que o Exército tem planejamentos para atuar na eventualidade de uma falência das instituições nacionais, em um momento que o País enfrenta a mais grave crise em mais de cinquenta anos, as cassandras do pseudolegalismo se agitam.
E aí entra em ação o velho esquema movido a má fé e ignorância que se vale de desgastados clichês para fazer crer que os generais ameaçam a democracia e o Estado de Direito.
Será? Antes de mais nada, é bom distinguir quem ameaça o quê.

De que generais precisa o Brasil?
Dos que empoleirados no poder calam e consentem ante um quadro de flagrante deterioração social e política do País? E que, anônimos e serviçais, ainda por cima criticam os que, por fé de ofício, posicionam-se diante desse quadro?
Ou o Brasil precisa dos generais que dizem o que a Nação espera ouvir: que, na hipótese de persistir a degringolada política e institucional do País, o Exército atuará de acordo com suas responsabilidades constitucionais, segundo um estudo de situação continuamente atualizado e um planejamento consistente? E que, movidos pelo dever, o fazem desassombradamente?
Persiste em largos segmentos da sociedade brasileira o desconhecimento sobre o Exército e o seu papel. Tanto daqueles que vêm pregando uma intervenção à revelia dos poderes constitucionais, quanto dos que pretendem que ele se quede mudo e omisso diante da falência desses mesmos poderes.
Mas uns e outros podem guardar suas faixas e apitos, por que não vai acontecer nem uma coisa e nem outra.
O Comandante do Exército, o General Mourão e outros chefes militares têm falado a mesma coisa: que o Exército atuará sempre de acordo com suas missões constitucionais, orientando-se em meio a essa grave crise pelos princípios da legitimidade, legalidade e estabilidade.
Que a situação é grave ninguém de bom senso e minimamente informado desconhece ou nega. Mas o que parece não estar sendo percebido pela sociedade é a extensão e agudeza dessa gravidade.
Existem interesses nacionais de grande relevância para a sociedade brasileira que não podem ser comprometidos diante de um apagão institucional.
O mais crítico, neste momento, é o da segurança, já em colapso no Rio de Janeiro, onde as Forças Armadas não vêm recebendo os recursos orçamentários mínimos para cumprir suas missões, ou pior, estão sendo colocadas à disposição de quem não tem competência alguma para empregá-las.
E diga-se, como em outras áreas públicas, recursos em montante inferior ao encontrado no apartamento de um único corrupto, o que suscita a hipótese de o crime no Brasil dispor de mais poder e recursos do que as instituições que defendem o Estado, a sociedade politicamente organizada, no caso, todos nós.
Mas se no Rio de Janeiro e em outros Estados as ameaças já são dramáticas, existem outras, menos visíveis, mas nem por isso menos importantes, que atingem a soberania, a incolumidade do patrimônio nacional e a paz social, todas inalienáveis.
O Estado de um país com o tamanho, a complexidade e a importância do Brasil não pode entrar em colapso ou ser capturado por interesses não nacionais.
Essa hipótese existe? Existe sim.
O General Mourão não precisa de intérpretes ou defensores. Nem ele falou em nome do Exército, que só se manifesta pela voz de seu Comandante. Para entender as manifestações das Forças Armadas é preciso estuda-las e compreende-las, como instituições, nas suas estruturas, culturas e missões.
As palavras do General Mourão expressam uma unanimidade do Alto Comando em torno do compromisso da instituição Exército com o Brasil. Há décadas, as Forças Armadas brasileiras não trabalham com hipóteses, mas sim com capacidades.
E o general falou da capacidade do seu Exército, do meu Exército, do nosso Exército - instituição nacional, regular e permanente, organizada com base na hierarquia e disciplina - atuar na defesa da Pátria e como última barreira  na manutenção da Lei e da Ordem.
Para decepção de golpistas, vivandeiras e cassandras, o general falou do Exército que o Brasil tem."
General Paulo Chagas
"Mais uma tempestade em copo d'agua criada pela ansiedade de uns e pelo pavor de outros.
O Gen Mourão, em sua palestra no Grande Oriente do Brasil, não disse mais do que o óbvio, o que todo mundo já sabe ou, se não sabe, deveria saber.
Ele não fez nenhuma previsão. Não disse qual será o futuro político do Brasil, apenas, e não mais do que isso, disse que, na hipótese extrema de desordem total ("por aproximações sucessivas"), de perda do controle da situação pelas autoridades constituídas (objetivo claro da esquerda bolivariana) o Exército estará pronto para restabelecer a ordem interna no País.
E acrescentou, com ênfase e propriedade, que, em uma situação como a do cenário de um caos total, os militares não poderiam ficar inertes, aguardando ordens (de quem?) porque, acima de tudo, têm o dever de cumprir o juramento solene de dedicar-se inteiramente ao serviço da Pátria e de defender-lhe a honra, a integridade e as instituições até com o sacrifício da própria vida!
Não há novidade nessa assertiva. É a obrigação de qualquer soldado em qualquer exército do mundo! E, seguindo a máxima de que "um exército pode passar um século sem ser empregado, mas não pode passar um segundo sem estar preparado", o EB tem planos para quaisquer hipóteses de emprego! É o seu dever profissional e patriótico.
Praticando a lealdade, o General não deixou também de citar os 3 pilares da conduta militar, estabelecidos pelo Comandante do Exército, ESTABILIDADE, LEGITIMIDADE e LEGALIDADE, em cuja interpretação lógica depreende-se que o EB não contribuirá para a instabilidade e só agirá dentro da lei e com legitimidade e, QUANDO e SE, as instituições não forem capazes de manter a estabilidade e esta, por qualquer motivo, for quebrada ou sair de controle, as FFAA, legitimamente terão que tomar a iniciativa de restabelecer o controle da situação e, principalmente, a legalidade e a ordem!
Como eu disse no início, essas simples verdades aguçam a ansiedade dos impacientes e o pavor dos promotores do caos, daí tantas conjecturas e tanto assanhamento em torno de obviedades tão simples.
Deixo aqui os meus respeitosos cumprimentos ao Gen Mourão pela forma clara com que, mais uma vez, expôs a missão das FFAA para o Bras
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